Romance

- Na hora de sua morte Isolda entra em êxtase. 
- É uma idéia bonita, mas um pouco estranha. Não se pode querer que o amor traga só felicidade, mas daí a gostar de sofrer por amor ...
- O século XII inventou essa história de amor como paixão e depois de Tristão e Isolda, todo mundo começou achar bonito sofrer por amor. 
- Eu acho que sofrer é ruim de todo jeito, mas é melhor viver um grande amor, mesmo que impossível, do que não amar ninguém




Texto extraído do diálogo entre Letícia Sabatela e Wagner Moura, interpretando os personagens Ana e Pedro no longa "Romance")




Do diretor Guel Arraes (O Auto da Compadecida, Lisbela e o Prisioneiro), Romance foi um dos destaques da produção nacional na mostra Internacional de Cinema em São Paulo em 2008 e filme de abertura do "Hollywood Brazilian Film Festival" em 2009. Esse festival exibe nas telas do cinema Egyptian Theater e do Grauman's Chinese, nos Estados Unidos, uma programação de filmes brasileiros de maior destaque

Romance conta a história de dois jovens atores que durante uma montagem teatral para encenar o clássico "Tristão e Isolda" se apaixonam e recriam essa história entre eles, procurando descobrir uma nova forma, menos trágica e mais livre para se relacionar.



O filme mistura elementos como amor, paixão, traição e sofrimento, presentes o tempo inteiro na história que é contada de uma forma leve e apaixonante. Os protagonistas são artistas que possuem visões diferentes sobre o trabalho e a vida, Ao estrelarem a peça em um pequeno teatro em São Paulo, Ana foi convidada para atuar em uma novela no Rio de Janeiro, o que causou ciúmes e insegurança no relacionamento, que abalado um pouco adiante chega ao fim. 



Esse é apenas o início da História.

O filme possui uma leveza que pode parecer incompatível com a tragédia literária que guia o roteiro, salvando de se tornar hermético, a linguagem é clara e a empatia imediata. 
O elenco além de contar com a maravilhosa e doce Letícia Sabatela e Wagner Moura que com louvor está soberbo representando o difícil papel onde Tristão é apenas um dos múltiplos personagens em que o artista ao mesmo tempo se afoga e se salva apresentam-se também José Wilker, Andréa Beltrão, Vladimir Brichta, Marco Nanini com uma pequena participação porém arrebatadora. Todos mostrando o grande talento de nossos atores que não caem na armadilha de atuações caricatas.



Roteiro:
Guel Arraes E Jorge Furtado
Estúdio:
Natasha Filmes / Miravista / Globo Filmes
Distribuição:
Buena Vista International
Fotografia:
Adriano Goldman
Produção:
Paula Lavigne
Edição:
Gustavo Giani
Direção de arte:
Marlise Storchi
Figurino:
Cao Albuquerque
Música:
Caetano Veloso








Quem já assistiu, "vale a pena ver de novo" 
quem não assistiu, eu recomendo!


Emocionante e especial, a música tema: "Nosso Estranho Amor"  foi regravada por Caetano Veloso especialmente para o filme.  Vibrei ao ouvir essa canção dentro dessa história, pois essa música tem um significado importante nas páginas antigas, velhas, amareladas e vivas da "MINHA" história